29 ABR 2015
Na tarde desta quarta-feira (29), os professores do Paraná, mobilizados contra mudanças na Previdência Estadual, foram agredidos pela Policia Militar enquanto tentavam se aproximar da Assembleia Legislativa (Alep), onde ocorreria a votação em segundo turno do projeto. Os professores estão em greve desde segunda-feira na tentativa de barrar a mudança na Paraná Previdência, e já haviam sido atacados pela PM em protesto realizado na terça. Nesta quarta, há notícias de pelo menos 100 feridos.
Na terça, concentrados nas proximidades da Alep, os professores foram alvo de caminhões de água, sprays de pimenta, gás lacrimogêneo e balas de borracha vindos da polícia. Nesta quarta, a violência foi ainda maior. De acordo com o APP-Sindicato, que representa a categoria, foram “25 minutos ininterruptos de tiros nos(as) educadores(as). A categoria recua, com as mãos para cima e os ataques continuam”. Cerca de 20 mil trabalhadores participavam do protesto, e muitas bombas foram lançadas sobre os educadores. Dentre os mais de cem feridos, alguns estão com ferimentos graves, de acordo com o sindicato. Os relatos dão conta de dificuldades no socorro aos feridos, já que não as bombas foram arremessadas em longa sequência. O APP-Sindicato informa que foram arremessadas bombas até mesmo de helicópteros da PM.
O PL 252/15 altera o plano de custeios e do financiamento da Paraná Previdência. A proposta do governo Beto Richa (PSDB) busca a transferência de cerca de 30 mil servidores do Fundo Financeiro, bancado pelo governo estadual, para o Fundo Previdenciário, bancado pelos próprios servidores – ambos os fundos compõem a Paraná Previdência. De acordo com o APP-Sindicato, a medida colocaria em risco, a médio e longo prazo, as aposentadorias do conjunto de servidores estaduais, já que causaria um desfalque importante ao Fundo Previdenciário. No início da tarde, as emendas ao PL 252/15 foram aprovadas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e a votação em Plenário está prevista para acontecer ainda nesta quarta-feira (29) – sem a presença dos trabalhadores, impedidos de acessar as galerias da Alep.
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